Dois feminicídios são registrados em Buriti (TO) no mesmo dia

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Buriti (TO) — O município de Buriti, localizado na região do Bico do Papagaio, registrou dois casos de feminicídio em um intervalo de poucas horas neste sábado (27). As ocorrências mobilizaram forças de segurança e resultaram na prisão dos suspeitos envolvidos nos crimes.

Em um dos casos, a vítima, conhecida popularmente como Tota, foi morta com um disparo de arma de fogo. De acordo com informações da polícia, o autor do crime é um familiar da vítima, um homem de 67 anos. As investigações apontam que a mulher foi atraída até o local por meio de um pedido envolvendo um familiar e acabou sendo surpreendida no momento em que chegava à residência.

O companheiro da vítima estava no local e entrou em luta corporal com o agressor, o que impediu novos disparos. Após o crime, o suspeito fugiu, mas foi localizado e preso posteriormente ao buscar atendimento médico em uma unidade de saúde do município.

O segundo caso teve como vítima Nedina, assassinada pelo ex-companheiro. Conforme informações repassadas pela polícia, o suspeito havia sido preso dias antes pelo crime de ameaça, pagou fiança e foi liberado. Após o homicídio, ele fugiu do local e foi capturado no município de São Domingos do Araguaia, na região de Carajás, no Pará, a cerca de 87 quilômetros de Buriti.

Foi confirmado que a vítima possuía medida protetiva vigente no momento do crime. As circunstâncias dos dois casos estão sendo apuradas pelas autoridades competentes, e os suspeitos permanecem à disposição da Justiça.

Advogada comenta casos em vídeo publicado nas redes sociais

Após as ocorrências, a advogada Débora Mesquita, presidente da Comissão Estadual da Mulher Advogada da OAB Tocantins, divulgou um vídeo nas redes sociais no qual comentou os dois feminicídios registrados no município. Na gravação, ela informou que os crimes deixaram a cidade em luto e ressaltou que duas mulheres tiveram suas vidas interrompidas no mesmo dia.

Durante o vídeo, a advogada mencionou que uma das vítimas, Nedina, possuía medida protetiva em vigor no momento do assassinato. Ela destacou que a medida é um instrumento jurídico previsto em lei e citou casos em que mulheres são mortas mesmo após a concessão desse tipo de decisão judicial.

Na publicação, Débora Mesquita também fez um apelo para que os casos não sejam esquecidos e para que mulheres em situação de violência doméstica busquem ajuda e realizem denúncias. O vídeo teve repercussão nas redes sociais e foi compartilhado por moradores de Buriti e por entidades ligadas à defesa dos direitos das mulheres.

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